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07 de março - 3º Domingo da Quaresma - B
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 “Destruí este templo, e em três dias eu o erguerei”
1ª leitura: Ex 20,1-17: O texto é coração da Aliança entre Deus e seu povo. Apresenta os dez mandamentos (as “dez palavras”) que nascem do amor de Deus a Israel e procuram indicar ao povo o caminho para a verdadeira liberdade. Os primeiros quatro definem a relação de Israel para com Deus: Ele deve ser a referência fundamental, o centro; Ele é que libertou o seu povo da escravidão e só Ele pode garantir sua vida; nenhuma criatura deve ocupar seu lugar; seu nome jamais deve ser manipulado. Os outros seis mandamentos se referem às relações comunitárias: deve-se defender a sacralidade da família e respeitar a vida do irmão (seus bens, sua liberdade, sua honra), e jamais se deixar levar pela cobiça e pelos instintos egoístas. Vivendo assim, o povo dará sua resposta ao amor e à proteção de Deus e viverá feliz.
2ª leitura: 1Cor 1,22-25: Corinto era uma comunidade fervorosa, mas enfretava alguns perigos: corrupção, moral dissoluta, brigas e a tentação de identificar o cristianismo com uma filosofia que fosse capaz de conduzir à plenitude da sabedoria e da realização humanas. Paulo se esforça em deixar claro que a salvação está em Jesus Cristo, que deu sua vida na cruz e ressuscitou por nós. Assim, a essência da mensagem cristã não está na sabedoria humana, mas na “loucura da cruz”, no caminho de humildade, obediência e de amor vivido por Jesus.
Evangelho: Jo 2,13-25: Vários profetas já haviam criticado o culto vazio e interesseiro conduzido pela elite religiosa e anunciavam tempos messiânicos que dariam um fim nisso, instaurando um culto e um mundo novos. Nos dias da festa principal, a movimentação no Templo estava no auge, e Jesus não só expulsa negociantes corruptos com seus animais, como anuncia um novo culto e um novo templo, centrado nele: “destruí este templo, e em três dias eu o reerguerei”. O verdadeiro culto não dependerá de pedras e lugares (eles são úteis, mas não é isso o essencial), mas sobretudo da fé nele e em seu seguimento. A resposta à pergunta “Com que autoridade fazes isto?” será a sua ressurreição. Ela garante que Ele tem o selo e a autoridade de Deus.
Jesus será sempre o lugar onde Deus mora, se encontra com a humanidade e se manifesta ao mundo. É através de Jesus que Deus Pai oferece a nós o seu amor e a sua vida. Fora disso nada tem sentido.

Autor: Pe. Roni O. Fengler