Artigos e Notícias -voltar-
13 de setembro: 24º domingo do Tempo Comum
Créditos foto: Reprodução / Internet Full Width Post Format
“Senhor, quantas vezes devo perdoar?” 
O refrão do salmo (102) resume bem a mensagem deste domingo: “O Senhor é clemente e compassivo, cheio de misericórdia para com todos”.
  • 1ª leitura - Eclo 27,33-28,9: A ira e o rancor não levam à felicidade e à realização. É ilógico querer o perdão de Deus quando não se quer perdoar ao irmão. A verdadeira sabedoria se revela na capacidade de perdoar as ofensas e de ter compaixão pelo semelhante.
  • 2ª leitura - Rm 14,7-9: Em vez de se deixar dividir por questões secundárias, os cristãos devem ter consciência do essencial que os une: Jesus Cristo, “Senhor dos mortos e dos vivos”. A comunidade é uma família de irmãos, reunida em torno do Senhor Ressuscitado. A ele pertencemos tanto na vida como na morte.
  • Evangelho - Mt 18,21-35: Não é incomum encontrar tensões e conflitos em nossas comunidades, resultantes de ofensas pessoais e da dificuldade em perdoar. O Evangelho ressalta justamente a necessidade de perdoar. O mandamento do perdão não é novo, como vimos na 1ª leitura. Os líderes de Israel ensinavam a perdoar as ofensas e a não guardar rancor contra o irmão. No entanto, se entendia esse dever apenas em relação aos membros de Israel (= povo de Deus). Nesta lógica, os inimigos estavam excluídos da dinâmica da misericórdia. A grande discussão girava em torno do limite: “Quantas vezes devo perdoar?” É isto que Pedro pergunta a Jesus. Jesus responde que não só se deve perdoar sempre (“sete vezes”), mas de forma ilimitada, total, absoluta (“setenta vezes sete”). Deve-se perdoar sempre e a todos (mesmo aos inimigos).
A parábola que segue revela a miséria e a hipocrisia de muitas pessoas: diante de qualquer falha do irmão, assumem a pose de vítimas magoadas, com o direito de tomar atitudes de desforra e de vingança. Todavia, querem o perdão de Deus para si. Isso não é correto. Só merece o perdão quem procura perdoar. O perdão, porém, não pode ser confundido com passividade, conformismo e indiferença, mas em estar sempre disposto a ir ao encontro, a estender a mão, a dar outra oportunidade. Significa agir movido pela bondade, compreensão, ternura e misericórdia de Deus.

Autor: Pe. Roni O. Fengler