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06 de setembro: 23º domingo do Tempo Comumve
Créditos foto: Reprodução / Internet Full Width Post Format
A liturgia deste domingo nos alerta sobre a responsabilidade em relação aos irmãos e à comunidade. Não se pode ficar indiferente diante daquilo que ameaça a vida e a felicidade de um irmão. Todos somos responsáveis uns pelos outros. 
Na 1ª leitura (Ez 33,7-9) Deus constitui o profeta como “sentinela”. Qual é a função da sentinela? Vigiar a cidade, isto é, estar atento aos perigos que a ameaçam. Quando pressente o perigo, tem a obrigação de dar o alarme, para que a comunidade possa se preparar para enfrentar o inimigo. Se a sentinela não der o alarme, será responsável pela catástrofe de todos.
2ª leitura: Rm 13,8-10: Nenhuma lei supera o mandamento do amor mútuo. O cristianismo sem amor é uma mentira. E o cristão nunca poderá cruzar os braços e dizer que já ama o suficiente: ele terá sempre uma dívida de amor para com o próximo (“não devais nada a ninguém, a não ser o amor”).
Evangelho: Mt 18,15-20:  Logo depois da parábola do pastor que vai à procura da ovelha perdida, Jesus fala da correção fraterna, a fim de “ganhar o irmão” que errou. Em meio aos conflitos e às tensões que inevitavelmente ocorrem em toda comunidade, deve prevalecer o desejo de comunhão e da edificação comum. A correção fraterna é uma verdadeira arte. Trata-se de um dever que resulta do mandamento do amor. Neste sentido, convém se perguntar: Se fosse eu o alvo da correção, como eu queria ser corrigido? Em público, na frente dos outros? Com palavras grosseiras? Sendo humilhado? Vendo minha conduta divulgada nas redes sociais? Lógico que não! 
Por isso Jesus ensina que quem faz a correção deve fazê-lo com o espírito do bom pastor, deve ter o coração de Jesus, que perdoa, age com misericórdias e não se alimenta de preconceitos. Primeiro, se procure uma conversa em particular. Se o caso se resolver, ótimo, caso contrário, deve-se buscar mais uma ou duas pessoas de espírito comunitário. Só depois se leva o caso à comunidade. O caminho, portanto, não passa pela humilhação ou pela condenação de quem falhou, mas pelo diálogo fraternal, leal e amigo, motivado unicamente pelo amor cristão, que conduz ao crescimento mútuo.
Autor: Pe. Roni O. Fengler