As leituras da solenidade da Santíssima Trindade aprofundam o mistério de Deus que não é solitário, mas comunidade de amor que nos criou para nos fazer participantes deste mistério de amor-comunhão.

1ª leitura: Ex 34,4-6.8-9: Moisés sobe o Monte Sinai para interceder pelo povo que se afastara de Deus descumprindo a Aliança. Antes de suplicar, Moisés professa sua fé, reconhecendo Deus como “misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel”. Depois, prostrado, suplica: "Embora seja um povo de cabeça dura, perdoa nossos pecados e acolhe-nos como tua propriedade”. Sem Deus, longe dele, o povo caminha para a destruição, para a morte. Por isso a solene prece: “Caminha conosco!" E Deus renova a Aliança com seu povo. Deus é fiel, apesar da inconstância e fraqueza do seu povo. 

2ª leitura: 2Cor 13,11-13: Paulo saúda a comunidade de Corinto com uma fórmula trinitária, com a qual saudamos ainda hoje a comunidade no início das celebrações: "A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco". Embora a ação salvadora seja obra Trinitária, essa saudação atribui a cada pessoa da Trindade um “dom” ou uma “função”, e revela que Deus é próximo, presente, comunicando graça, paz e comunhão. Ele se revelou ao mundo por meio de Jesus Cristo. Ele é o lugar de encontro de Deus com a humanidade. Quem nele crê e o segue, este se salva.

Evangelho: Jo 10,1-10 – “Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho unigênito..., para que o mundo seja salvo por ele”. O amor de Deus é total, vai além dos limites humanos. Até parece loucura! Dar seu Filho para salvar um povo de cabeça dura, tantas vezes ingrato e infiel. Mas Deus é assim! Ele “deu seu Filho”, que morreu por nós na cruz. “Toda vez que nós olhamos o crucifixo, encontramos este amor; o crucifico é o grande livro do amor de Deus” (Papa Francisco).