"Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto”
Após quarenta dias de jejum,
oração e caridade, após as ricas celebrações da Semana Santa, cujo auge foi o
Tríduo Pascal, chegamos à alegria máxima, ao Domingo da Páscoa, à solenidade
central do ano litúrgico: a Ressurreição do Senhor, fundamento de nossa fé cristã.
E celebramos esta festa por cinquenta dias (Tempo Pascal), como um grande
domingo. E depois, em cada celebração eucarística, especialmente aos domingos,
fazemos o memorial da paixão, morte e ressurreição do Senhor, conforme seu
mandato: “Fazei isto em memória de mim”.
O evangelho de hoje mostra o começo deste mistério
insondável e decisivo na vida da comunidade cristã. Foi um processo gradual de
crescimento e amadurecimento na fé, pois no início ainda pairavam dúvidas. Até mesmo
após a Ressurreição, o Senhor teve de agir com paciência com seus discípulos.
Após sucessivas aparições, que meditaremos neste Tempo Pascal, a fé dos
apóstolos se tornou firme e inabalável, como Pedro nos atesta na 1ª leitura,
onde anuncia o cerne do Mistério Pascal:
“Eles o mataram, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou
no terceiro dia”.
E, logo a seguir, o apóstolo
lembra a missão recebida:
“E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o
constituiu Juiz dos vivos e dos mortos... Todo aquele que
crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados”.
Celebrar
a Páscoa do Senhor significa celebrar a salvação que gratuitamente nos foi dada
por Jesus. Significa crer, anunciar e testemunhar em palavras e atos que o
pecado e a morte não têm a última palavra. “Ó morte, onde está tua vitória?
Cristo |ressurgiu!!! Honra e glória!!!” Concluindo, lembremo-nos da exortação
de São Paulo a vivermos como criaturas novas, seguindo os passos do Crucificado-Ressuscitado:
“Se
ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto,
onde está
Cristo, sentado à direita de Deus;
aspirai às
coisas celestes e não às coisas terrestres.”
Autor: Pe. Roni O. Fengler