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07 de abril: 5º domingo da Quaresma
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Ninguém te condenou? Eu também não te condeno!”
Na 1ª leitura, Deus anuncia por meio do profeta Isaías: «Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. Eis que eu farei coisas novas. Pois farei correr rios em terra seca. Este povo, eu o criei para mim».              Exatamente isso acontece com a mulher do Evangelho de hoje. Apanhada em adultério, os mestres da lei e os fariseus trazem-na diante de Jesus com a intenção de apedrejá-la, conforme a sua lei. Interrogam a Jesus não para tirar uma dúvida, mas para terem motivos de condená-lo. Condenaram a mulher e querem condenar também Jesus. Embora se apresentassem como pessoas piedosas e guardiães dos bons costumes, não agiam por amor. Agiam com sentimentos de inveja e de morte.             
Jesus, ao contrário, age com a misericórdia divina, com verdadeiro amor. E diz aos acusadores: «Quem não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra». E eles vão se retirando. Então diz à mulher: «Ninguém te condenou?... Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais». Imaginemos o alívio dessa pessoa! Jesus não ficou relembrando o passado, mas olha para frente, oferece vida nova. Ele faz tudo novo na vida desta mulher; faz brotar rios de água viva numa vida árida, triste e ferida pelo pecado. Também ela foi “criada para Deus”. Criada para a vida, e não para o inimigo, para o pecado, para a morte.                 
Irmãos, normalmente somos rápidos para julgar. Facilmente apontamos o pecado dos outros e temos a tentação de jogar pedras. Os escribas e fariseus queriam condenar até mesmo a Jesus. A própria Igreja, que prega esta mensagem de misericórdia e de fraternidade, é facilmente alvo de pedradas e de condenações, às vezes vindas até de pessoas que se dizem piedosas e defensoras da moralidade. A CNBB que o diga! E estas pedras doem, machucam e destroem.                  
«Quem estiver sem pecado, atire a primeira pedra!» Se até Jesus, que era Deus, não condenou, quem somos nós para condenar e jogar pedra? Quem é de Jesus, não atira pedras, mas prega a conversão. Aprendamos, pois, de Jesus o amor verdadeiro, amor que faz novas todas as coisas e restitui vida e alegria onde antes havia trevas e dor.
Autor: Pe. Roni O. Fengler