"Mestre, que eu veja!”
Jesus está em Jericó, última
parada antes da subida a Jerusalém. À beira do caminho encontrava-se o cego
Bartimeu, mendigando. Com certeza, já ouvira falar de Jesus de Nazaré, e, ao
perceber que ele estava passando por ali, não perde a oportunidade: aos gritos,
se dirige a Jesus clamando por misericórdia. A censura dos passantes não o faz
desanimar. Grita ainda mais alto, até Jesus parar e conversar com ele. E
Bartimeu implora: “Mestre, que eu veja!” Movido por compaixão, Jesus diz: “Vai,
a tua fé te curou”. E o ex-cego passa a seguir Jesus pelo caminho. Torna-se
discípulo.
A sociedade continua “produzindo” muitos
Bartimeu e os relega à beira dos caminhos. Os atuais Bartimeu podem ser os
enfermos, os encarcerados, os migrantes, os sem moradia, os sem emprego, etc. Os verdadeiros discípulos do Senhor não
são os que mandam Bartimeu se calar, mas os que o incentivam, acendem sua
esperança e o levam a Jesus.
Neste Ano do Batismo que nossa
diocese está vivendo, somos convocados a incentivar as pessoas a se encontrarem
com Jesus e a encontrar nele a cura para suas cegueiras. Mas também todos nós
somos um pouco Bartimeus, e queremos também fortalecer nossa relação, nosso
encontro pessoal com Jesus Cristo.
Cristo é a luz do mundo, mas ele
quer que todos os batizados (seus discípulos) façam resplandecer sua luz, ao
dizer: “Vós sois a luz do mundo!”
Mais do que uma notícia
jornalística, o texto é uma catequese de iniciação cristã. Bartimeu representa todas
as pessoas que vivem na escuridão, privadas da “verdadeira luz”. O encontro
pessoal e profundo com Jesus irá transformar suas vidas e elas se sentirão
convidadas a “seguir Jesus pelo caminho”, como discípulos fiéis e alegres.
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Onde eu me situo: Entre os que mandam o
cego se calar ou entre os que o conduzem a Jesus?
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A “luz” de Cristo que recebi no momento do
batismo continua brilhando em mim?
Autor: Pe. Roni O. Fengler