“Pegou
uma criança e colocou-a no meio deles”
A Palavra de Deus deste domingo nos coloca diante da lógica de
Deus e da lógica do mundo. Dentro da ótica mundana, os discípulos discutiam
sobre quem deles seria o maior. Jesus pegou uma criança, “colocou-a no meio
deles, e abraçando-a disse: Quem acolher
em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo”. Que gesto
lindo! Em meio ao movimento “pró-aborto”, vemos Jesus colocando uma criança no
centro da roda, no centro das atenções, defendo sua beleza e dignidade
inviolável. Elas pertencem a Deus, desde a concepção. Elas são o maior dom de
Deus às famílias e à sociedade. Acolher a elas, defender e promover a vida
delas é acolher e defender o próprio Cristo. Ele também foi concebido, gestado.
Nasceu e foi criança igual a todas as outras.
Jesus
denuncia
o poder-dominação, o querer ser dono dos outros, negando sua liberdade e
dignidade. Também chama atenção contra a tentação dos sonhos de grandeza com as
manobras para conquistar honras, lucros e privilégios, com a busca desenfreada
por títulos e posições de prestígio. Convida a seguir o exemplo das crianças:
ter um coração simples e humilde, capaz de amar e acolher a todos, em especial
os excluídos, desamparados, os que não tem como retribuir, e isso sem
necessidade de retribuição e reconhecimento público.
Jesus teve dificuldade de fazer com que o entendessem. Ainda hoje
podemos ter essa mesma dificuldade. Convém se perguntar: Será que não ficamos
falando demais sobre coisas banais, discutindo sobre quem é o maior, enquanto
Cristo caminha para a cruz? Por isso, a dinâmica de Jesus é muito importante:
sentou-se, chamou o povo ao redor, tomou a criança como exemplo. Sempre vai
educando os discípulos sobre que tipo de messias eles é e como quer que sejam seus
seguidores (os batizados).
Neste dia,
cabe uma pergunta: Em que estamos investindo nosso tempo, nossas energias,
nosso dinheiro? O que eu coloco no centro da minha vida?
Autor: Pe. Roni O. Fengler