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22 de julho: 16º domingo do Tempo Comum
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Domingo passado Jesus tinha enviado os discípulos em missão. Hoje o evangelista Marcos continua sua catequese sobre o discipulado, narrando o retorno dos apóstolos.
“Reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado”: É o momento da partilha e da avaliação; sempre é bom fazer isso em torno de Jesus e assim celebrar a caminhada feita; isso traz imensa alegria, a alegria do Evangelho, que anima e contagia.
“Vinde a um lugar deserto e descansai um pouco”: A missão trouxe júbilo, mas logicamente também cansaço (“pois nem sequer tinham tempo para comer”), e Jesus os convida a um lugar de convívio fraterno e de descanso; convém respeitar a natureza humana e recuperar as energias; é igualmente um alerta contra o ativismo exagerado, que pode consumir as forças do corpo e do espírito e levar inclusive à perda do sentido da missão.
“Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão”: O povo marginalizado, sofrido e sedento de Deus percebe em Jesus a presença amorosa de Deus; alguém que não veio para se aproveitar, mas para de fato ajudar o povo, restaurando sua dignidade e acendendo a esperança de dias melhores; as pessoas não medem esforço para se encontrar com Jesus e saciar sua sede. 
“Compadeceu-se e começou a ensinar-lhes muitas coisas”: A situação do povo “mexia” intensamente com Jesus; Ele não só enxergava, mas também se compadecia do sofrimento alheio; vendo que eram “como ovelhas sem pastor”, tomou ele mesmo a atitude de pastor (ensinando, alimentando, curando, animando, organizando) e preparou discípulos para continuar e completar essa missão.
Temos a capacidade da compaixão? Sabemos partilhar, avaliar e celebrar a caminhada? Tiramos tempo para nos retirar, silenciar e descansar?
Autor: Pe. Roni Osvaldo Fengler