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10 de junho: 10º domingo do Tempo Comum
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Neste 10º domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus nos leva a meditar sobre a família de Jesus. Sim, Jesus teve uma família terrena, cujo núcleo era ele, Maria e José. No Evangelho de hoje aparecem também os parentes próximos de Jesus, que estavam preocupados com sua saúde física e mental: “se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer” e  até se dizia “que estava fora de si”.
Alguém o avisa que sua “mãe” e seus “irmãos” o estavam procurando. Jesus aproveita a ocasião para um importante, lindo e decisivo ensinamento: «Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».
Jesus inaugura uma nova família, não de “sangue familiar hereditário”, mas de “sangue espiritual”, formada a partir de seu sangue redentor, a partir da acolhida de sua palavra, do seu evangelho. É uma família que nasce do amor misericordioso de Deus. E todos os que quiserem participar desta família deverão ser batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e testemunhar este amor fraterno.
Em nossa diocese estamos no “Ano do Batismo”, inserido dentro de um projeto amplo e profundo de iniciação à vida cristã. Não basta de forma alguma receber o sacramento batismal de forma ritual se não se acolher de fato a pessoa de Jesus Cristo. Não basta buscar o batismo e demais sacramentos sem um encontro afetivo e efetivo com o Senhor. Não basta ouvir ou proclamar a Palavra de Deus sem o esforço em vivenciá-la.
Na caminhada da fé, cada pessoa é livre por optar pela família de Jesus ou não. Quem livremente acolher e praticar a vontade de Deus, esse se tornará não só seguidor, mas familiar de Jesus (irmão, irmã, mãe). Que maravilha, não é mesmo?! Na Tradição da Igreja, Maria é venerada mais por ter praticado com fidelidade a vontade de Deus do que pela honra de ter sido a mãe física de Jesus, por maior que seja essa honra. “Quem faz a vontade do pai, essa é minha mãe”: e ninguém foi mais fiel à vontade de Deus do que Maria. Por isso ela é também a mãe de Jesus na ordem espiritual. Com razão é chamada de “mãe da Igreja” e, por sermos irmãos e irmãs de Jesus, de “nossa mãe”.
Autor: Pe. Osvaldo Fengler